Foto Motard

Relatos e fotos de algumas viagens de mota.

30 dezembro 2006

SERRA DA ESTRELA 09Dez2006 Apesar de já por algumas vezes ter feito esta viagem, nunca me farto, com a vantagem desta vez haver neve. E foi precisamente este o pretexto. Seguindo pelas novas A 29 e A 25, rapidamente estava a sair pelo nó de Celorico da Beira, em direcção a Gouveia. Mas antes, fiz um desvio para admirar mais em pormenor Linhares, já que da última vez que por aí passei, ia com o pessoal do Motoclube. De facto, respira-se história e antiguidade na aldeia. Calcorreei as ruas empedradas e dirigi-me ao Castelo, que aproveitei para visitá-lo, depois de pagar!!! Do alto, vistas espectaculares das redondezas e da aldeia. E o próprio Castelo, também é muito bonito. Daqui segui para Gouveia, onde tomei a EN 232, em direcção a Manteigas. Á medida que subia, só o maravilhoso panorama é que compensava o frio que sentia nas mãos. Subia muito devagar, pois a estrada estava cheia de gelo e neve. Parei frequentes vezes, quer para admirar a paisagem, quer para aquecer as mãos junto do motor. A descida para Manteigas é digna de uma visita, com aquelas curvas e contra curvas. Já em Manteigas, atestei e após o espectacular Vale Glaciar, comecei verdadeiramente a subida á Serra. Era um frio de rachar!!! Havia montes de carros, em frequente pára/arranca. Depois de aguentar esta situação até ao limite do sofrimento, optei por dar meia volta, a poucos Kms da Torre. Desci então pelas Penhas da Saúde em direcção á Guarda. Já era de noite quando lá cheguei, parando frente á Câmara da Guarda, que estava toda iluminada pelas decorações de Natal. A partir daqui tomei as novas A 23 e A 25. Parei numa área de serviço da A 23, onde fui abordado pela actriz Maria do Céu Guerra, que participou no programa “Residencial Tejo”, que a SIC emitiu em 1999, onde ela contracenava com uma galinha!!! A senhora estava perdida, e perguntou-me o caminho para Viseu. E prontos, já eram para aí oito da noite quando entrei na garagem da minha casa.

BAIONA 01Dez2006 Nada mais oportuno, do que aproveitar o feriado da Restauração da Independência, para dar uma volta por terras de Espanha. E desta vez, lembrei-me de ir a Baiona, pela Orla Atlântica. Como sempre, levantei-me cedo, e seguindo pela EN 101 até Braga, e depois pela EN 103, rapidamente cheguei junto da Fábrica de Cerâmica de Alvarães. As suas torres dos fornos, imponentes, contrastam com o visível abandono da fábrica. Viana do Castelo é já ali bem perto, e tomando a EN 13, passa-se Caminha, que tem uma beleza natural digna de uma paragem, reforçada pela zona lacustre do Rio Minho e do forte da Ínsua. Mais é frente atravessei a ponte de Vila Nova de Cerveira, entrando em Espanha. Aproveitei para atestar, beneficiando do preço favorável dos combustíveis. A Guarda é bem perto. Tem um panorama bonito visto do alto do Monte de Sta, Tecla, mas como agora cobram por visitá-lo, desisti. Rumo ao Norte, sempre pela Costa, com pontos aqui e acolá interessantes, parei junto a um grande farol, útil nestas paragens, devido á bravura do mar. Pouco antes de Baiona, com as Ilhas Cíes á vista, picniquei. Chegado a Baiona, estacionei em local próprio para motas, e fui conhecer a Cidade que teve a honra de ter sido a primeira que soube do descobrimento das Américas, em 1493. Tem um monumento próprio. A Cidade propriamente dita tem uma zona histórica muito bonita, com imensas marisqueiras. É dominada por um castelo, transformado em Parador, e por uma linda marina. Após umas voltas, continuei até Vigo, passando pela famosa praia do Samil e entrando pela zona dos grandiosos estaleiros navais!!! Depois de me desembaraçar do infernal trânsito da Cidade, desviei para a A 52, em direcção a Salvaterra do Minho, onde novamente entrei em Portugal, por Monção. Após uma breve paragem, estudando o percurso, segui pela EN 304, pela Serra da Peneda semeada de aldeias perdidas e bonitas paisagens, até Arcos de Valdevez. Esta bonita terra, é dominada pelo Rio Vez e pela sua bonita zona ribeirinha. Como as horas não param e agora no Inverno o Sol põe-se cedo, regressei á Cidade de Guimarães.

18 dezembro 2006

SUL DE VISEU 24Abr2006 Bem cedo me levantei, com tudo preparado para esta viagem, onde inclusivamente elaborei um mapa, com os locais a parar, para apreciar os aspectos mais importantes de cada Terra. Com tudo preparado, eis que começa mal a viagem, ainda na garagem, com o GPS a não querer funcionar. E que falta me fez. Mesmo assim fiz-me á estrada, aproveitando a nova A 29, grátis, e o também novo IP 5, com perfil de auto-estrada, quase até Viseu. Foi tão rápida a viagem, que às 10H00 já avistava a Cidade. Comecei por fotografar o Herói Viriato, logo á entrada, e já no centro, toda a zona histórica. Lindo. Deixando Viseu para trás, atestei numas bombas á saída, logo a seguir ao Quartel, onde perguntei ao jovem funcionário da gasolineira se aquela era a N 231, ao que ele afirmou que sim. Segui então, pensando estar bem, mas uns Km’s á frente deu logo para ver que afinal era a N 2. Que falta faz o GPS. Dei a volta e apanhei a tal N 231, rumo a Canas de Senhorim. Após a ponte do Rio Dão, parei para o “habitue” pic-nic. Prossegui então, passando por Santar (lindas casas apalaçadas), Carvalhal Redondo, Canas de Senhorim, Cabanas de Viriato e via rápida até Vimieiro. Aqui parei para visitar a casa de Salazar, onde há uma lápide a dizer “Aqui nasceu em 28-4-1889 Dr. Oliveira Salazar, um senhor que governou Portugal, e nada roubou”. A casa está em ruínas! Santa Comba Dão é já ali ao lado, e não desperdicei a oportunidade de visitá-la. É interessante. Após esta paragem segui rapidamente até Tondela, e a partir daqui é sempre a subir até ao Caramulo. No caminho, vistas espectaculares, e já lá em cima parei frente ao Museu do Caramulo, para a foto da praxe. Já conheço o museu. É de ver. Fiz um desvio até o Cabeço da Neve, de onde se avista toda a zona envolvente. Divino. Aqui e acolá interessantes aldeias serranas, isoladas. Deixando o Caramulo para trás, iniciei a descida, até Alcofra, mas com paragem em Arca, onde vi o Dólmen, da pré-história. O IP 5 é mais á frente, onde o tomei, de regresso à “maison”.

17 dezembro 2006

NUMÃO 8Abr2006 Devido ao mau tempo que tem persistido desde há muito tempo, (ainda falavam da seca!!!!!), só agora foi possível haver sol, num sábado, que permitisse um passeio de mota. Desta vez, escolhi ir á zona de Numão, fruto de uma conversa com o meu camarada Artilheiro, SChefe Trabulo. Como sempre iniciei a viagem bem cedo, de modo que pelas 09H30 já tinha passado por Amarante, em direcção á Régua, pela antiga estrada N 101. É uma espectacular estrada, com óptimas vistas da vertente sul do Marão. Após Mesão Frio, segue-se a maravilhosa descida, até á Régua. Esta estrada é uma autêntica loucura, em beleza e prazer para o olhar. Na Régua, como sempre comprei um saquinho dos famosos rebuçados, e segui até á Barragem, sempre junto ao Rio Douro, na N 222, com frequentes paragens, quer para fotografar, quer para simplesmente contemplar a paisagem. Antes de Pinhão, virei á direita, continuando na N 222, passando por S. João da Pesqueira. Mais á frente parei para comer alguma coisa, perto de um terreno onde havias amendoeiras em flor. Espectacular. Em direcção ao Pocinho, fiz um desvio para visitar a Sra. do Viso, de onde se avista toda a zona envolvente, até perder de vista. Prosseguindo, mais á frente virei á esquerda, para Numão. Numão é uma antiga e histórica vila, conquistada aos mouros no séc. X, que possui um castelo, com sinais de abandono, o que é pena, já que é bem bonito. Segundo a História., Este castelo foi doado a Guimarães, em 960, por D. Chamôa, sobrinha da Condessa de Mumadona. Aqui detive-me um bom pedaço, com um pequeno passeio apeado, desfrutando e tirando fotos. Após esta visita, segui até Freixo de Numão, onde cheguei a falar com a cunhada do SChefe Trabulo. Ainda sugeriu-me que fosse visitar as ruínas do sítio arqueológico do Prazo, datadas de mais ou menos 750 anos A.C. Eram já 14H00 quando fiz um desvio, a fim de visitar o promontório de Seixas, onde se avista o Rio Douro em três zonas. Daqui, marquei no GPS Vila Nova de Foz Côa, por caminhos a direito, passando obviamente por aldeias inimagináveis. Adoro fazer este tipo de selecção, no GPS, acabando por ser uma das maiores utilidades deste aparelho. Ante de chegar a Vila Nova de Foz Côa, desviei para a esquerda, rumo a norte, passando mesmo junto á Estação do Caminho-de-ferro do Pocinho, e atravessando a Barragem com o mesmo nome. Mais á frente, o Rio Douro faz uma espectacular curva de 180 º, frente á qual havia uma zona de descanso. Desviei e dirigi-me para lá. Abanquei numa sombra, e eis que um turista Inglês veio ver a mota e começamos por falar. Ele era barbeiro, reformado, já estava em Portugal á 15 dias, e todos os anos vinha cá. Com a sua roulote já tinha percorrido o País de lés-a-lés.Como já era tarde, zarpei rumo a Guimarães, passando por Vila Flor, cruzei o Rio Tua, onde vi a famosa linha da CP do Tua, vindo ter ao IP 4, próximo de Vila Real