Foto Motard

Relatos e fotos de algumas viagens de mota.

24 fevereiro 2007

Melgaço 17Dez2006 Estava previsto que hoje fosse passear pela estrada Chaves-Bragança, mas quando acordei, pela 09H00, já tinha 6 mensagens no meu telemóvel, do meu Camarada de Armas Anselmo. Liguei-lhe, e então convidou-me a ir com ele e o Moura a Melgaço. Claro que aceitei, em alterar os meus planos, combinando encontrarmo-nos na área de serviço da AE de Viana do Castelo. Pouco passava das dez, quando eles apareceram. Após um café, lá seguimos, eu na mota do Moura e ele na FJR. Claro está que escusado será dizer que a sensação é da noite para o dia, ou seja a FJR é o Ferrari das motas. Que “coça” de vento se leva no corpo, conduzindo a Fazer. Paramos em Caminha, para apreciar o centro da cidade, e após umas fotos do grupo, lá seguimos para Melgaço. O Moura ia á frente, pois ele é que conhecia o restaurante. Chegados a Melgaço, eis que segui pela feira dentro, sempre atrás dele, até ao Restaurante, que era o Panorama. Fique agradavelmente surpreendido, já que comemos só entradas. Eram para aí 30 malguinhas pequenas, com os mais variados petiscos, (27,50 Euros por 2 pessoas). Afrontado, de tanto comer, lá seguimos rumo a Lamas de Mouro, e depois á Sra. da Peneda, onde paramos para beber algo. Aproveitei para comprar uma imagem, para a minha colecção. Após montes de curvas, e já com o Sol a pôr-se, lá chegamos a Arcos de Valdevez, onde tomamos a nova AE A 27, até Viana do Castelo. Na respectiva área, paramos para as despedidas, e cada um seguiu o seu rumo.

22 fevereiro 2007

3º Almoço FJR 02Jul2006 Fruto de uma pesquisa na Internet, descobri o Fórum FJR Portugal, onde os proprietários das Yamaha’s FJR, trocam opiniões, assuntos e demais temas sobre a Mota. É um Fórum muito útil, na medida em que inexperientes como eu, têm oportunidade de saber muito mais sobre a Mota, e sobretudo sobre Mototurismo. Via Internet, foi marcado um almoço, na bonita região de Estremoz, mais propriamente numa aldeia chamada Rio de Moinhos. Parti cedo, pela AE 1, e saí na AE 23, grátis, até á Barragem do Fratel, onde tomei o IP 2, até Estremoz. D’aqui á aldeia, foi rápido graças ao GPS. Quando lá cheguei, já lá se encontravam alguns FJRistas, cumprimentei-os. Passado algum tempo, chegou o resto da malta, que após os cumprimentos da praxe, fomos para a mesa, que já se fazia tarde, em relação ao programa. Poucos minutos de convívio, deu logo para perceber que estava presente com gente simpática e muito divertida. Deu também para conhecer ao vivo alguns dos mais carismáticos do Fórum FJR, tais como o Ganso, o Terrinha, o Pierre, o Cláudio, o Rui Brás, o Morgado, Calado, etc, etc. Durante o almoço, com toda a gente bem disposta, deu para trocar pormenorizadamente assuntos sobre de facto o que nos unia ali, a FJR. E então reparei que de facto sou um ignorante acerca da mota, e mesmo sobre viagens, eu que penso que viajo muito, havia lá um conviva que no ano passado foi sozinho á Rússia!!! Não posso deixar de relatar que tive direito a uma salva de palmas, por ter vindo de Guimarães. Infelizmente, a hora da despedida chegou, mas foi com contentamento que fiz o regresso a casa. Aproveitei para vir pelo interior, pela AE 23, Túnel da Gardunha, Guarda, e depois pelo IP 5. Daqui até ao Porto e Guimarães, é um tiro. Fiz 980 Km’s, e valeu a pena. Para Setembro está previsto um 4º Almoço na zona Norte.

13 fevereiro 2007

MINHO / GALIZA 20Jan2007 Apesar da minha alvorada ter sido algo dolorosa, fruto de uma incomodativa dor no ombro, lá me fiz à estrada, para visitar a zona onde o Rio Lima nasce, em Espanha. Fui por S. Torcato, que estava em dia de feira, e num instante estava a descer para o Gerês, não sem antes passar por Póvoa de Lanhoso. A descida para o Gerês e a estrada até à fronteira de Portela do Homem, é de facto um dos percursos mais espectaculares. Tal é a beleza ao virar de cada curva, que claro está, tive que parar frequentes vezes. A engalanar tamanha tela, estava este maravilhoso sol de Inverno, que aliado à humidade natural da vegetação, confere uma tonalidade de cores inigualável. Quase sem dar por conta, já nada me doía, e estava em Espanha, que apesar de ser a mesma Serra do Xurês, como eles dizem, não tem a mesma beleza. Parei junto aos marcos miliários, perto de Lobios, onde também existe uma calçada romana que unia Braga a Astorga. Mais à frente surge-nos Riocaldo, onde há umas termas, que aproveitam a água quente, a 77º C. Antes de Bande picniquei, e rapidamente fiz-me à estrada. Pouco mais à frente entrei em Celanova, que apesar de não fazer parte do trajecto inicial, foi uma agradável surpresa. A cidade tem um enorme mosteiro, dedicado a S. Rosendo, datado do séc. X. Toda a “praça maior”, é de uma beleza formidável. Depois de umas voltas fotografando, rumei a Xinzo de Limia, localidade perto da nascente do Rio Lima. Dei uma volta pelo centro histórico, cruzando-me com um motard galego, que correu duas ruas só para apreciar a FJR!!! Como mais nada havia para ver, acelerei até Portugal, entrando por Montalegre, que estava numa confusão, devido à Feira do Fumeiro. Claro está que fiz um desvio para fotografar o Castelo, que domina uma vasta zona, portuguesa desde a fundação. A partir de Montalegre, vim por Salto e Cabeceiras, com breve paragem na Barragem de Venda-nova. Depois tomei a nova AE, em grande velocidade até Fafe, onde parei frente ao monumento “A justiça de Fafe”. Guimarães é já ali.

BEIRA LITORAL 27Jan2007 Obedecendo, como sempre, a um cuidado planeamento na véspera, lá parti bem cedo, para esta zona. D’aqui até Aveiro, pela ainda gratuita AE 29, foi um instante, e sem dar por nada, já estava na famosa e não menos linda zona central da Cidade. Após breve passeio, montei a FJR e segui em direcção a Ílhavo, e depois Praia de Mira. O postal desta terra é sem dúvida o ex-palheiro, transformado em Capela, com as suas características pinturas bicolores, na vertical. Seguidamente, fui pela N 234 até Cantanhede, parando no largo principal, onde existe uma grande estátua ao Marquês de Marialva, homem da terra, que se destacou por vários feitos heróicos, entre eles a vitória na Batalha de Montes Claros, última das vitórias portuguesas na Guerra da Restauração. Neste largo destaca-se também a Igreja Matriz, do séc. XVI. Como já era hora do almoço, segui em direcção á Mealhada, não para o leitão, mas para picnicar, num local agradável, junto á estrada, entre estas duas localidades. Mais confortado, segui para o Luso, mais propriamente o famoso hotel. Lindo, como sempre, de qualquer ângulo. É uma construção do séc. XIX, ao estilo Manuelino, cheio de motivos ligados ao mar. Como estava perto decidi visitar o Museu Militar, que infelizmente estava fechado para obras!!! Depois segui pela N 336 em direcção a Águeda, fotografando a ponte sobre o famoso Rio Águeda, das cíclicas cheias. Até Sever do Vouga, fiz uma paragem em Talhadas, que deve o nome a um grande penedo “talhado” ao meio, por onde passa a estrada. Impressionante. Antes de Sever do Vouga, houve tempo para um desvio até á famosa ponte ferroviária do “Vouguinha”, em Poço de Santiago. Verdadeira obra monumental, a ponte insere-se num recanto natural verdadeiramente paradisíaco de verdes montanhas que ladeiam as águas do rio Vouga, donde sobressai pela sua imponência, majestosa e sóbria, transmitindo uma imagem ímpar de beleza natural e artística. Vários estudiosos defendem ser esta a mais alta ponte do país, construída em pedra no ano de 1913. Mais á frente, desviei para a Cascata da Cabreira, em Silva Escura. Sem qualquer dúvida bela e relaxante, consegue oferecer ao seu visitante de tudo um pouco, desde a frescura provocada pela queda de água, á vegetação densa e ordenada o recanto convida a sentimentos românticos, no mínimo. Oliveira de Azeméis, é a localidade a seguir, onde se destaca o Santuário da N. Sra. de La Sallete. De lá avista-se vasto panorama das redondezas. Como o tempo urge, há que seguir rapidamente para Guimarães, não sem antes desviar em Sta. Mª da Feira, em direcção ao seu lindo Castelo. A importância deste castelo nos primórdios da nacionalidade, é notória. Foi furtado por D. Afonso Henriques á sua Mãe, urdindo aqui a bem sucedida insurreição, que culminou com a independência. Eram 18H30m quando entrei na garagem. Nesta viagem, inaugurei os punhos aquecidos, que a Gina me ofereceu no Natal. Maravilha. Que conforto. Abençoados 350 euros.

12 fevereiro 2007

S. MACÁRIO 27Mai2006 A ida ao S. Macário, no concelho de S. Pedro do Sul, surgiu após uma visita a um blog, que contém relatos de viagens de mota. A curiosidade aguçou-me o apetite, e após consultas a vários sites, para melhor me informar acerca da viagem, aprontei a viagem. Eram 09H30 e já estava em Entre-os-Rios, no monumento aos mortos da tragédia da ponte. Já lá vão 5 anos, e na altura estava na Áustria, a propósito de uma exposição de RX, e foi uma surpresa total, quando cheguei a Portugal, e vi na TV. Daqui até Castelo de Paiva e Arouca é um instante. Em Arouca parei para ver o Mosteiro. É um monumento do séc. X, e é digno de uma visita. É pena que se pague parar ver o museu. Após tomar um café segui para Sª. do Mó, que fica num monte sobranceiro á terra. Do alto há vistas deslumbrantes. Após ter comido o farnel, segui para Alvarenga, e daí, pela N 225 segui até Parada de Ester, onde desviei para a N 1212, para S. Martinho das Moitas. A Serra de S. Macário é omnipresente, e até lá é um tiro. Chegado lá, o GPS marcava 1053 metros de altitude. Tem uma vista simplesmente espectacular. Havia cavalos e cabras ali perto, e a capela é muito invulgar, já que tem um muro a toda a volta, talvez para a protecção dos ventos. Depois segui para a aldeia da Pena, escondida lá no fundo do vale. Conta-se que em tempos havia uma cobra gigante, que quando saía do buraco causava grandes estragos na aldeia, a ponto de os aldeões dizerem “que pena, que pena”. Daí talvez o nome. Pediram a S. Macário, que matou a cobra gigante, e então o povo construiu a capela na Serra, com o seu nome. A aldeia é de facto muito bonita, e só tem 11 habitantes. É toda ela de xisto, e a estrada de acesso é abrupta. De regresso vim pela Serra da Freita, que já conhecia, mas já que me encontrava perto, merecia um desvio. Aproveitei para rever as Frechas da Mizarela, onde o Rio Caima tem uma queda de 60 metros. A partir daqui foi a descida, até S. João da Madeira, e depois Porto e Sto. Tirso, pela serra, onde parei para ver o aeródromo de Vilar de Luz. Hei-de lá voltar com mais calma, já que eram 18H00. A chegada á cidade berço fez-se na maior das calmas.

PENEDA-GERÊS 03Jun2006 Com boa disposição, lá parti para mais um passeio, dos sábados, desta vez a uma zona que é sempre agradável, Parque Nacional da Peneda-Gerês. Segui por S. Torcato, Vieira do Minho e depois via Serra da Cabreira, desci á Barragem de Salamonde. É uma imponente barragem, inaugurada em 1953, pelo então Presidente da República, General Craveiro Lopes. A partir daqui inicia-se a entrada no Parque. Seguem-se inúmeras aldeias, e paisagens lindas, que nesta altura do ano estão verdejantes. Parei perto de Cabril, numa ponte junto a um café, para melhor sentir a paisagem. Depois segue-se a Barragem da Paradela, com uma estrada de acesso muito bonita, que até tem colmeias junto a ela. A barragem propriamente dita, tem 47 anos, foi inaugurada pelo Presidente Américo Tomás, e já apresenta sinais de falta de conservação, principalmente no isolamento do paredão. Daqui até Pitões da Júnias é um tiro, sempre em boas estradas, praticamente vazias, a não ser, aqui e acolá animais pastando, como sejam vacas, cabras e cavalos. Uma maravilha. Pitões das Júnias, é uma aldeia perdida na Serra, com traços de aldeia muito antiga e velha. Dei uma pequena volta á aldeia, onde fui interpelado por uma velhota, que queria vender meias de lã, mas o preço era 15 Euros!!! Rumei então em direcção ao cemitério, de onde se parte para o Mosteiro de Sta Maria das Júnias, implantado num magnífico vale, cuja primeira construção remonta ao séc. IX. É lindo de se ver. Depois segui até Tourém, aldeia perdida junto á fronteira. Logo á chegada avistei o relógio de sol, e pouco mais á frente o famoso forno colectivo, todo em pedra. Após dar uma pequena volta pela “terriola”, tomei um café, a preço de cidade (0;50 Cêntimos). Segui, então, rumo a Espanha, entrando em Portugal, pela estrada que vem dar a Montalegre, onde antes fiz um desvio, até Chaves, via Vilar de Perdizes e Soutelinho da Raia. Chegado a Chaves fui visitar os meus Tios, aproveitando para devolver os dois garrafões de vinho, que eles me deram no Ano Novo. Após a visita, rapidamente e em força até Vila Pouca de Aguiar, onde tomei a nova AE 7 até Guimarães City.